E-commerce – Como começar um negócio online? Parte I
Mais que uma moda, começar um negócio online é uma necessidade dos dias de hoje, uma forma de reavaliação do negócio, reinvenção e de destaque da concorrência.
“A Melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.” Peter Drucker
O número de empresas que operam online,, sejam start-ups ou grandes marcas, aumentou exponencialmente nos últimos anos, mas o verdadeiro boom deu-se com a pandemia que mudou drasticamente o comportamento dos consumidores, acelerou a utilização dos meios digitais e a facilidade das compras online.
Tabela de conteúdos
O e-commerce ou comércio eletrónico diz respeito a todas as transações comerciais ou financeiras que impliquem transferência de informação através da internet. Este conceito aplica-se não só a grandes empresas de e-commerce puro, como a Amazon ou Ebay, mas também a start-ups e a pequenos negócios de retalho que percebem que, apesar da importância do “toque” na mercadoria, da interação pessoal proporcionado pela venda física, esta pode ser potenciada através de um link inteligente com a venda online. E o mais interessante é que permite perceber mediante um conjunto de métricas, as estratégias a implementar para ter sucesso.
2. Como é que posso começar um negócio online?
Existem essencialmente 2 abordagens que podem e devem ser complementares, como vender através de um website de e-commerce ou criar a sua própria loja online.
Vender através de um operador como o Amazon pode ser interessante porque:
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- Permite-lhe beneficiar do software já implementado;
- Dá uma extensa base de clientes;
- Gerar vendas rapidamente;
Contudo, esta opção é essencialmente benéfica para marcas estabelecidas, cuja estratégia ambicione um posicionamento global.
No entanto, estes operadores:
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- Tomam as grandes decisões estratégicas sobre a venda dos produtos;
- Ganham a sua comissão por cada produto vendido;
- São detentores da base de dados de clientes.
O que deve ser considerado antes de optar exclusivamente por esta plataforma é a outra abordagem, ou seja, criar a sua própria loja online, o seu website, para realizar o seu e-commerce. Esta opção:
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- É mais dispendiosa inicialmente porque apesar de não pagar taxas de vendas de terceiros é necessário investir tempo e dinheiro num sistema de gestão de conteúdo (CMS) como o WordPress;
- Implica ter uma estratégia de marketing digital a desenvolver. Existem CMS gratuitos disponíveis, mas quando falamos de uma loja online cujo propósito é divulgar de forma profissional um produto ou serviço, é importante adquirir um sistema com as funcionalidades suficientes para conquistar e fidelizar clientes;
- Também lhe permite criar e interagir com uma base de clientes, sem depender do sucesso do operador que utiliza.
Neste âmbito, e sendo o seu website a melhor ferramenta de marketing que dispõe, se os conteúdos que disponibiliza forem otimizados com SEO, consegue maior visibilidade no motor de pesquisa do Google e gerar mais tráfego para o seu negócio. Se quiser saber mais sobre SEO, veja o artigo que escrevemos aqui.
3. No e-commerce é possível dirigir-me a um determinado tipo de consumidores?
Tal como uma venda face-to-face, os mercados de maior sucesso online estabelecem uma estreita relação com os seus consumidores e privilegiam a interação constante com os clientes.
O primeiro passo é a identificação do cliente-alvo ou a persona. Ao traduzir claramente qual é a missão da empresa (a razão de existir), o seu posicionamento (o objetivo) e respetivos valores, está a divulgar a sua identidade e atrair consumidores que pensam da mesma forma e que criam uma relação emocional com a marca.
O consumidor não compra apenas produtos, mas sim toda a experiência que a marca lhe pode proporcionar. A forma como se apresenta é crucial para o sucesso do seu negócio e para a captação de Leads. A partir daqui, basta um pequeno passo para a venda efetiva.
Vejamos um exemplo prático:
Dez Prá Uma é uma loja online inovadora de confeção e entrega de refeições frescas e congeladas. A navegação no website é simples e intuitiva e cada produto apresenta uma descrição completa para que o consumidor esteja plenamente informado antes de proceder à compra.
Além de um website com um design responsivo e com um layout atrativo, apresenta também um conteúdo apelativo, muito bem estruturado, que convida o consumidor a explorar e a saber mais sobre a marca, a origem dos produtos que comercializa e os valores em que assenta. Esta é uma experiência única que gera valor para o consumidor e que permite uma ligação emocional com a marca.
Relativamente aos negócios digitais estes são divididos em quatro grupos:
- Business to Business (B2B) é um modelo de comércio eletrónico realizado entre duas empresas com o intuito de revenda. Contudo é considerado o menos usado no nosso mercado.
- Business to Consumer (B2C) é o modelo que prevalece no que toca às vendas online. Este modelo, é utilizado pelas empresas que pretendem ceder a sua oferta tanto a nível tradicional como em formato digital.
- Consumer to Consumer (C2C) é o modelo utilizado em casos como o OLX, o CustoJusto, as redes sociais como o Facebook e através de plataformas de compra e vendas especializadas, como o StandVirtual. Assim sendo, este modelo envolve transações entre dois ou mais consumidores, através de um marketplace. Ou seja, consumidores comuns, que outrora foram compradores, agem como comerciantes vendendo produtos ou serviços para outros consumidores.
- Consumer to Business (C2B) é provavelmente o modelo mais moderno no mercado, é um modelo de negócio em que os consumidores criam valor, e as empresas consomem esse valor. Por exemplo, quando um consumidor apresenta uma ideia útil para a evolução de novos produtos, posteriormente, essa pessoa é a criação de valor para a respetiva empresa.
5. Que vantagens posso retirar do e-commerce?
São inúmeras as vantagens do e-commerce, especialmente para os pequenos e médios negócios que, ao transitarem para o digital, aumentam a sua janela de oportunidade para rentabilizar os seus produtos ou serviços. Salientamos alguns dos benefícios:
- É dimensionável
Ao contrário de um espaço físico, o e-commerce adapta-se eficientemente à dimensão do seu negócio, seja numa fase inicial ou de pleno desenvolvimento. À medida que o negócio cresce, outros produtos ou serviços poderão ser adicionados sem qualquer impacto direto para o consumidor.
- É confortável e acessível
Consultar, comprar e efetuar pagamentos através do telemóvel é algo que fazemos quase inconscientemente todos os dias. Face à quantidade de estímulos a que está sujeito o consumidor digital, a possibilidade de comprar tendo à disposição comparadores de preços, características técnicas e avaliações de produtos a qualquer altura do dia tornou-se mais do que um luxo, numa necessidade. A compra passou a ser refletida, fundamentada, 24 horas por dia e 7 dias por semana.
- É Seguro
Mesmo para os consumidores que não estão confortáveis com os mais recentes métodos de pagamento online como o ou Apple Pay pelo receio da divulgação de informações pessoais, a opção de pagamento por transferência bancária, tal como qualquer pagamento de serviços, ou a possibilidade de pagamento à cobrança, alicia os mais conservadores e dá-lhes confiança no processo de compra.
- Proporciona um alcance Global
A facilidade de acesso permite que qualquer produto ou serviço que seja visualizado em qualquer parte do mundo. Isto é relevante para quem quer ampliar o seu negócio, mas também permite atrair mais clientes e explorar outras oportunidades de negócio. O espaço geográfico deixa de ser uma limitação para o alcance do público-alvo.
- Permite extrair informação mensurável
O e-commerce permite recolher informações sobre o perfil e comportamento do cliente, os produtos ou serviços mais procurados para medir o alcance e impacto das campanhas de marketing. Também é possível mensurar a satisfação do cliente, com base nas suas classificações sobre os produtos adquiridos ou serviços prestados. Este feedback dos clientes permite ter uma base de dados concreta sobre quais os pontos fortes e pontos a melhorar do seu negócio para destacar tudo o que é exclusivo e diferenciador.
- Permite acompanhar a concorrência
Da mesma forma que o e-commerce permite avaliar a performance do seu negócio, dá-lhe também a possibilidade de acompanhar o comportamento da concorrência, a forma como se apresentam, como divulgam a informação e o grau de a satisfação dos clientes relativamente a produtos ou serviços através de comentários ou classificação do produto ou serviço prestado.
Convém salientar que o estímulo que se tem verificado nos últimos tempos no ecossistema digital é uma tendência que se vai intensificar nos próximos anos, como forma de dar resposta às exigências dos novos hábitos dos consumidores, especialmente num contexto de pandemia mundial.
O potencial de crescimento depende da capacidade de investimento na otimização dos websites, simplicidade de utilização e da boa experiência de compra, num país ainda muito caracterizado por uma elevada iliteracia digital.
Vejamos o exemplo da Garcias, uma das principais distribuidoras nacionais especializada na comercialização de vinhos e bebidas espirituosas. Oferecer ao consumidor uma experiência diferenciada, através de uma leitura clara e agradável é um dos principais objetivos do website. Simples de usar, com uma interface gráfica que funciona eficientemente, o website da Garcias permite uma experiência de navegação agradável, simplificando a jornada do consumidor até ao momento da compra.
O principal desafio deste mercado para as marcas passa em ir ao encontro das necessidades de compra do consumidor, ultrapassar alguns receios de segurança, desenvolvendo uma oferta específica, clara e intuitiva para a compra online.
O e-commerce veio para ficar e vale a pena o investimento. Existem grandes oportunidades para as empresas portuguesas se desenvolverem e crescerem online.
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